domingo, 28 de junho de 2009


Sempre gostei dos fins de tarde, têm algo de magico, prova disso é esta foto do por de sol.



A Ilha apresentou-se ensolarada, com o mar a brilhar e a reflectir a maravilhosa luz desse dia. O sonho de qualquer fotógrafo, poder contar com uma boa luz natural para as suas imagens. Aproveito para dizer que estas fotos foram tiradas pela Ana Silva, que vai largar a Direcção de Aprovisionamentos e abrir um fotografo...ou não!

Por do Sol e chuva...




...



Aqui até um dia de chuva é quente, e andar na chuva é um prazer.


Até um passeio em cuecas pode ser divertido...




segunda-feira, 25 de maio de 2009

CATARINA SEM BANHO!!!!!!!!!!!!!!!

Antes de mais convém dizer que neste momento moram cá em casa a Catarina e o Bruno!!!
Como disse no post anterior, o fim de semana foi no Dande!!! Praia, banhos, sol.
Mas não contamos com uma coisa,muitissimo importante, que poderia não haver agua da rede e que deviamos ter enchido o deposito. Ah pois é!!!
Quando chegamos a casa, e fomos tentar tomar banho, nem gota de agua corria.
Sem agua, o duche ficou seco, seco. Mas mantinha-se o problema, como tomar banho.
Vamos telefonar a amigos e ver onde podemos tomar banho!!!! Vale nos o bom humor que reina em casa...

Mas depois de muito pensar resolvemos a questão, ou mais ou menos...umas garrafas de agua e um alguidar cheio. Dava 4,5 litros a cada um por banho, sim porque a Catarina é "Tecnico da Qualidade e Ambiente" e é da opinião que se deve poupar agua...ou não.


Agora imaginem que queriamos ir para a noite todos lindos e pipocas!!!!
Sem banho?
A Catarina sem o cabelo lavado? NUNCA DIZIA ELA!!!!!!!
Eu por mim não me preocupo muito com o cabelo, ate porque para além de pouco ele está rapado. Mas estamos em Angola e a falta de agua acontece muito frequentemente, e só os "verdinhos" como nós, se esquecem de encher o deposito quando há agua da rede...Mas acabamos por ficar em casa e ter uma noite tranquila sem copos e musica.









BARRA DO DANDE

Mais um fim de semana fora de Luanda, desta vez fomos a Barra do Dande. Fica a 100 Km de Luanda. Aqui nós viajamos sempre em conjunto, até porque pode haver algum problema com a viatura e ficariamos sozinhos no meio do nada.

Caminho de Dande!
O Rio Dande, onde as moradoras da vila piscatória lavam a roupa.

Rio Dande, onde dizem haver crocodilos.

Um restaurante, no meio das palmeiras.

A praia, parece-me bem!!!!!



sábado, 9 de maio de 2009

SANGANO




Sangano é basicamente uma aldeia de pescadores com uma praia fabulosa!!! Com crianças lindas e felizes...que correm atrás de nós para as fotografarmos, e depois lhes mostrarmos as fotos.






Estes são as casinhas que a Empresa mandou fazer para os empregados sairem de Luanda e descansarem como merecem, ou não!!!!
Obrigado Eng. VS, e pode fazer mais pois vão chover candidaturas...








O Pôr do sol africano é uma coisa que não têm explicação!!! As cores, a intensidade...é facil uma pessoa se apaixonar por esta terra...

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O linguajar luandense por Rui Ramos


O linguajar luandense tem particularidades que não existem noutro local de língua portuguesa.
Embora o português seja já língua-mãe de muitos luandenses, a verdade é que uma língua não existe isolada do que a rodeia, seja a política, a cultura, a sociedade, a história, as classes sociais e os seus costumes.
A língua portuguesa em Luanda sofreu algumas alterações interessantes, especialmente no discurso oral, em grande parte fruto do seu contacto com a língua local, o mbundu (ou kimbundu).
Vamos ver alguns exemplos desse linguajar, ficando o registo de que Luanda é hoje amálgama caótica de culturas e de línguas. Há, então, várias formas de falar português na capital angolana. Uma das mais novas e «esquisitas» é a dos regressados do ex-Zaire, que carregam nos «erres», como se estivessem a falar francês. Os intelectuais e demais pessoas cultas tendem a aproximar-se do «português padrão», falando embora com os sons muito abertos e arrastados.
Os exemplos a seguir podem considerar-se como o português popular de Luanda, mas muitas pessoas cultas também o utilizam.
– «Ele é teu mais velho», em vez de «Ele é mais velho do que tu»
– «Ele é teu mais novo», em vez de «Ele é mais novo do que tu»
– «O João é mais velho do Miala» («O João é mais velho do que o Miala»)
– «O Luís é mais novo do João»
– «O Nelo é mais velho de ti»
Esta maneira de construir a frase vem do kimbundu, que não conhece o «que» comparativo.
– «A Antónia, lhe deram pancada» («Deram pancada à Antónia», «A Antónia apanhou pancada»)
– «O cabrito, comeram-lhe» («Eles comeram o cabrito»)
– «O António, levaram-lhe no aeroporto»
– «A Joana, lhe engravidaram»
– «O Tony, lhe mataram» (nunca: «O Tó, mataram-no»)
Quase não se usa «-no, -na, -nos, -nas», mas: «-lhe, -lhes»:
– «Tragam-lhe cá!», «Amarrem-lhe!», «Matem-lhes!», «Feriram-lhe»
– «O José, feriram-lhe no João» (isto é: «O José foi ferido pelo João», ou «O João feriu o José». Este «no» é o muito usado «ni» kimbundu).
É interessante também notar que o kimbundu não usa as formas «eu nasci, tu nasceste, ele nasceu. nós nascemos, vós nascestes, eles nasceram», mas «nasceram-me, nasceram-te, nasceram-lhe...», respectivamente, «a-ngi-vualela, a-ua-vualela, a-ua-vualela...», à letra: «eles-me-nasceram, eles-te-nasceram, eles-lhe-nasceram...). «Eu nasci em Luanda» - «A-ngi-vualela mu Luanda». Já não se passa o mesmo com as formas do verbo morrer (Ku fua): «Eu morrerei, ele morreu: eme ngondo fua, muene uafu».

Quando se quer pedir alguma coisa a alguém, diz-se muitas vezes: «Dá só!». O «só» corresponde ao usadíssimo «ngo» kimbundu. Também se usa «Anda só!»
– A palavra «ainda» não precisa do «não»: «Já comeste? Ainda!»
-Muitos luandenses não dizem «Amanhã eu vou aí» mas «Amanhã eu venho aí»
– Os luandenses não dizem «eu desci, tu desceste ele desceu», mas «eu dèscí, tu dèscéste, ele dèsceu», com o som /es/ aberto.
Outras particularidades dos luandenses:
– As horas não se dizem como em Portugal. Não há 1, 2, 3, 4 horas da tarde, nem 8, 9, 10 horas da noite, mas sim 13, 14, 15, 16 horas e 20, 21, 22, 23 horas. Se, à tarde, se combinar alguma coisa, com um luandense, para as 7 horas, ele aparece às 7 da manhã.
– O cumprimento «boa tarde» não começa ao meio-dia, mas depois de almoço.
– As pessoas que se encontram logo de manhã, e que são boas «kimbundistas», cumprimentam-se assim:
– Uazekele? (Dormiste? Subentende-se «kiambote?» - «bem?»)
– Ngazekele kiambote!
– Ni eie? (E tu? – Em kimbundu não existe o tratamento «você»)
– Ngazekele kiambote ue! (Também dormi bem)
– O jindandu jetu? (Os teus parentes?)
– O mam'ami, kiauaba! (A minha mãe está mal) [Gilberto Ribeiro]
- Kiauaba, na verdade significa 'Estah bem"...
– Muene uala mu inzo ie? ( Ela está em casa dela?)
– Kiene, uala mu inzo iami. (Não, ela está em minha casa)
E assim sucessivamente, num diálogo arrastado sobre os inúmeros parentes.
Para terminar: o luandense não fala, canta, abre os sons, arrasta as palavras, mas de forma diferente dos brasileiros.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Kinaxixe...gentes!!

Esta nova casa fica num lugar excelente, no centro da cidade "Kinaxixe" onde posso ver das escadas o famoso prédio da Cuca

















terça-feira, 21 de abril de 2009